A GESTÃO E O JOGGING DO SISTEMA
Esta coisa de correr tem muito que se lhe diga.Quem é que na sua vida profissional não teve que fazer umas corridinhas e algumas voltinhas esforçadas para atingir a tal meta do sucesso?Claro que há muita gente que chega a situações profissionais,de alto gabarito,sem saber muito da matéria,mas sabendo o quanto baste na arte do faz que corre,esta arte milenar de saber dizer sim,antes de conhecer a pergunta.A vóz do dono continua a ser demasiado importante no país.O dono quer ,eu faço.O dono manda,eu obedeço.O dono é criticado eu defendo e se abusam eu castigo.Claro que toda esta actuação é sempre muito democraticamente defendida através da chamada politica de ocasião,que defende hoje o que repudiou no dia anterior.Naturalmente que neste contexto não há competitividade que se afirme e quanto a produtividade continuamos em jogging lento nos 65% da média europeia.A tal Dinamarca da flexigurança essa corre para ganhar e em materia de produtividade vai nos 106%.Uns distaiem-se no jogging outros correm para vencer.
No íntimo,somos um povo de corredores pois a realidade é que na nossa clandestinidade corremos com tudo o que nos incomoda e fugimos a sete pés de tudo quanto seja cumprir prazos,pagamentos e orçamentos.Os nossos défices são as taças dos nossos joggings.
Se analisarmos o passado recente encontramos outros intervenientes neste tipo de desporto.Recordo um conhecido cidadão que vitima de tabú fez jogging para um banco.Outro afinou com um resultado autárquico e cansado da vida lá se arrrastou num jogging mansinho para outro banco.
Como se pode demonstrar este desporto tem algum sucesso e permite recuperar forças para outros desportos mais interessantes.Ainda recentemente a meio da corrida outro ilustre português percebeu que com o ritmo do jogging que lhe deixavam fazer nunca mais chegava à meta e num arranque fabuloso mudou de equipa e fez jogging para a Europa.O país parou por momentos porque houve partida em falso,seguida de fora de jogging.Após alguma confusão lá voltamos ao nosso jogging,agora na sua versão nacional. Gerir jogging parece ser coisa que deve ser muito útil para a nossa imagem de país.Só assim se explica que um conhecido governante o pratique no calçadão do Brasil,nas avenidas da China,nas ruas de Angola e na grande Praça Vermelha da Rússia,toda fechadinha para a voltinha produtiva.O país precisa deste desporto.O esplendor está de volta.O próximo jogging é com toda a Europa na grande corridinha para o texto constitucional.Todavia face ao actual ritmo do jogging europeu só com mexidas na selecção.Com esta e desta forma…”Jamais” !
José Vicente Ferreira
Gestor e Docente Universitário ISCSP-UT
segunda-feira, 25 de junho de 2007
sexta-feira, 25 de maio de 2007
OS IMAGINHEIROS .doc
OS “IMAGINHEIROS”
O esplendor do país tem andado,de forma clandestina,em saldos e promoções para gente de mui fino recorte politico. As recentes notícias que constantemente nos entram em casa,o que vamos vendo ,ouvindo e “blogando” colocam esta nação, cada vez menos valente,à beira de um ataque de nervos.Vive-se em “estado de espanto” com as chamadas elites que nos tem saído nas rifas da democracia.As elites que nos tem governado confundem democracia com tecnocracia e em última análise apenas são capazes de alimentarem uma pobre democracia de mercado em que as pessoas são apenas números,indicadores e pagadores de taxas e impostos.Quanto a contrapartidas continua a ser difícil encontrá-las do lado de cá dos cidadãos.As recentes notícias com que temos sido brindados pelo Tribunal de Contas,Universidades e empresas cuja gestão salda para si partes de leão deixam-nos admirados face ao desplante com que tudo vai sendo feito. Os vários relatórios sobre a Ota,permitem-nos concluir que existem “otinhas” para todos os gostos.As nossas elites parecem viver sobre o lema “Um país,vários esquemas” e cada um monta o processo adequado para sacar os seus interesses sejam elas certificados de conveniências, empresas públicas mais ou menos virtuais,mas bem reais nos pagamentos e nos benefícios auto-legislados.As liquidações de serviços públicos espalhados pelo país e os incidentes que vão acontecendo porque a incapacidade instalada não conhece as situações concretas das regiões,chegam até nós sem respeito pelas pessoas que parecem viver em “terras de ninguém”.Na realidade somos um país pobre governado por elites cuja prioridade é facturarem em proveito próprio fruto dum novo-riquismo primário.Os actuais burocrátas chamam-se “imaginheiros” gente bem encostada ao poder que põe a render toda a sua imaginação predadora e não olha a “engenharias” clandestinas para entrar no velho baú dos cidadãos.
A realidade é que existem cá no sítio uns quantos senhores que se julgam intocáveis,insubstituíveis e… imortais e para quem o povo é escravo,escriva e pagador
Vou socorrer-me dum velho amigo, Esopo para plagiar uma das suas fábulas,concretamente “O Leão e as Outras Feras” e narrar algumas cenas eventualmente chocantes…pela sua actualidade.
O leão decidiu e foi à caça.Convidou,na hora,três outras feras que não tiveram outro remédio senão ir.A caçada correu muito bem e o leão teve até maioria bem significativa na caçada.No final o leão,assumindo o poder inerente à sua condição de “primus inter pares”,chamou a si o direito de repartir a caçada,dividindo-a,muito democraticamente,em quatro partes iguais.Os seus companheiros assistiam satisfeitos e complacentes a tudo o que acontecia,pois reconheciam no seu íntimo que o leão era naturalmente o mais poderoso da democrática selva.
Todavia,quando os velhos amigos da caçada tomaram a iniciativa de pegar em cada um dos respectivos lotes,o leão falou e disse:”-Mais devagar e façam favor de me ouvir.Este primeiro lote é meu,porque obviamente representa a minha parte.O segundo,também me pertence,pois como sabem sou o primeiro da selva.O terceiro lote também só pode ser meu pois é a oferta que certamente os meus amigos,que tantos favores me devem,farão ao seu senhor,como forma de homenagear o líder estupendo e incontestado que sou. Quanto ao quarto lote,vamos disputá-lo na hora e logo ficarão a saber quem tem força e quem manda.”
Qualquer semelhança entre esta fábula de vãs glórias e acontecimentos semelhantes que diariamente vamos observando, não é pura coincidência,é apenas engenho e arte de muito “imaginheiro” à boleia de conjunturas de ocasião.
José Vicente Ferreira
Gestor e Docente Universitário ISCSP-UT
O esplendor do país tem andado,de forma clandestina,em saldos e promoções para gente de mui fino recorte politico. As recentes notícias que constantemente nos entram em casa,o que vamos vendo ,ouvindo e “blogando” colocam esta nação, cada vez menos valente,à beira de um ataque de nervos.Vive-se em “estado de espanto” com as chamadas elites que nos tem saído nas rifas da democracia.As elites que nos tem governado confundem democracia com tecnocracia e em última análise apenas são capazes de alimentarem uma pobre democracia de mercado em que as pessoas são apenas números,indicadores e pagadores de taxas e impostos.Quanto a contrapartidas continua a ser difícil encontrá-las do lado de cá dos cidadãos.As recentes notícias com que temos sido brindados pelo Tribunal de Contas,Universidades e empresas cuja gestão salda para si partes de leão deixam-nos admirados face ao desplante com que tudo vai sendo feito. Os vários relatórios sobre a Ota,permitem-nos concluir que existem “otinhas” para todos os gostos.As nossas elites parecem viver sobre o lema “Um país,vários esquemas” e cada um monta o processo adequado para sacar os seus interesses sejam elas certificados de conveniências, empresas públicas mais ou menos virtuais,mas bem reais nos pagamentos e nos benefícios auto-legislados.As liquidações de serviços públicos espalhados pelo país e os incidentes que vão acontecendo porque a incapacidade instalada não conhece as situações concretas das regiões,chegam até nós sem respeito pelas pessoas que parecem viver em “terras de ninguém”.Na realidade somos um país pobre governado por elites cuja prioridade é facturarem em proveito próprio fruto dum novo-riquismo primário.Os actuais burocrátas chamam-se “imaginheiros” gente bem encostada ao poder que põe a render toda a sua imaginação predadora e não olha a “engenharias” clandestinas para entrar no velho baú dos cidadãos.
A realidade é que existem cá no sítio uns quantos senhores que se julgam intocáveis,insubstituíveis e… imortais e para quem o povo é escravo,escriva e pagador
Vou socorrer-me dum velho amigo, Esopo para plagiar uma das suas fábulas,concretamente “O Leão e as Outras Feras” e narrar algumas cenas eventualmente chocantes…pela sua actualidade.
O leão decidiu e foi à caça.Convidou,na hora,três outras feras que não tiveram outro remédio senão ir.A caçada correu muito bem e o leão teve até maioria bem significativa na caçada.No final o leão,assumindo o poder inerente à sua condição de “primus inter pares”,chamou a si o direito de repartir a caçada,dividindo-a,muito democraticamente,em quatro partes iguais.Os seus companheiros assistiam satisfeitos e complacentes a tudo o que acontecia,pois reconheciam no seu íntimo que o leão era naturalmente o mais poderoso da democrática selva.
Todavia,quando os velhos amigos da caçada tomaram a iniciativa de pegar em cada um dos respectivos lotes,o leão falou e disse:”-Mais devagar e façam favor de me ouvir.Este primeiro lote é meu,porque obviamente representa a minha parte.O segundo,também me pertence,pois como sabem sou o primeiro da selva.O terceiro lote também só pode ser meu pois é a oferta que certamente os meus amigos,que tantos favores me devem,farão ao seu senhor,como forma de homenagear o líder estupendo e incontestado que sou. Quanto ao quarto lote,vamos disputá-lo na hora e logo ficarão a saber quem tem força e quem manda.”
Qualquer semelhança entre esta fábula de vãs glórias e acontecimentos semelhantes que diariamente vamos observando, não é pura coincidência,é apenas engenho e arte de muito “imaginheiro” à boleia de conjunturas de ocasião.
José Vicente Ferreira
Gestor e Docente Universitário ISCSP-UT
sexta-feira, 30 de março de 2007
O CHA DAS CINCO
Tudo começou quando a Alice habituada a maravilhas começou a fazer perguntas estúpidas.Tudo corria naquele doce deixar andar característico de quem nunca questionou a vida.Foi num cruzamento de caminhos,incapaz de decidir qual a direcção a tomar,que se viu obrigada a perguntar a um gato que ronronava numa frondosa árvore:”-amigo bichano diz-me qual o caminho que devo tomar?”O gato não se fez rogado e disse friamente:”-Olha lá ó grande parva,se não sabes para onde queres ir,qualquer direcção te serve”.A Alice ficou chocada e ainda tentou mandar o gato àquela parte….mas,gato que é fedorento dá a patada e foge.Sózinha e irritada acabou por reconhecer a estupidez da sua triste história e pensou mudar de vida.Afinal o antipático gato tinha sido o factor estratégico que a obrigára a mudar de vida.De imediato pegou no telemóvel e ligou `a Branca de Neve que também passava por um mau bocado.A rotina de enviar todos os dias os 7 anões para o trabalho nunca a levou a questionar os fenómenos de deslocalização das empresas onde os seus amigos trabalhavam.A sua gestão sempre efectuada em limites muito caseiros tinha também sido sobressaltada quando os 7 anões que sempre cantarolavam “Eu vou,eu vou,pró meu trabalho eu vou”,tinham chegado a casa a excitadíssimos a cantar”Eu vou,eu vou,pró subsídio de desemprego ,eu vou”.Uma inoportuna deslocalização de empresas tinha criado o caos.A crise tinha atingido a sua vida calma e tranquila. A globalização foi o factor estratégico que a obrigou também a mudar de vida.
Combinaram um encontro para reunirem ideias e esforços e decidiram que a Alice contactaria o Capuchinho Vermelho e a Branca de Neve telefonaria à Cinderela e à Bela Adormecida.
A Branca de Neve decidiu enviar um “mail” à Bela Adormecida e foi com espanto que,de imediato,obteve resposta.Afinal a Bela tinha acordado com o imenso susto que o fiscal da Segurança Social lhe pregou ao acabar-lhe com aquela baixa sonolenta e fraudulenta que durava há anos.Desabituada de trabalhar estava à beira de um ataque de nervos sem saber o que fazer.O fiscal tinha sido o factor estratégico que a acordou da rotina e a obrigou a mudar de vida.Claro que aceitou o encontro,pois não tinha nada a perder e o reencontro de velhas amigas é sempre um bom motivo para um chá.
Mas dificil foi apanhar a Cinderela.A Cinderela há muito tempo que percebera que tinha que mudar de vida.A madrinha pertencia ao Clube das Tióchas.A mansão da madrinha dava-lhe um trabalhão pois a casa estava sempre num imenso alvoroço que sobrava sempre para ela,quer no serviço de “caterings” que era obrigada a preparar dia sim dia sim,quer nas arrumações finais.A madrinha andava preocupada a tentar casar duas filhas e não olhava meios para o conseguir.A Cinderela empreendedora e gira fazia-se notar e deixava perceber os seus dotes culinários.Foi estabelecendo contactos com os convivas e percebeu o óptimo mercado que eram as Tióchas e companhia.Não está ainda bem esclarecido quem foi o tio príncipe que lhe deu o empurrão para o negócio das limpezas e do catering.De facto a Branca de Neve ficou espantada quando lhe contou que era empresária dona da “Limp..Hora-Higiene e Limpeza na Hora” e da “Fest..Hora-Festas na Hora” e mais espantada ficou quando lhe comunicou que tinha vendido a “Marca na Hora” a a um conhecido governante.Estava também em negociações com outros empresários pois queria lançar um franchising no Mercado ibérico no ambito das novas tecnologias.Tinha até conseguido que um influente politico oferecesse ao monarca espanhol um telemóvel muito especial com um software de “e-bairro”.Estava cheia de projectos e procurava gente com vontade de trabalhar e inovar.A Branca de Neve estava maravilhada.Contou os seus problemas e das amigas e ficou marcado o encontro para breve.A Cinderela soube ler o meio envolvente e as oportunidades que lhe passavam pela frente e estratégicamente percebeu onde estava e para onde queria ir.
A Alice depois de várias tentativas via “mail” e telemóvel lá conseguiu apanhar o Capuchinho.Contou-lhe o que se passava com as amigas,falou do sucesso da Cinderela e do chá agendado.O Capuchinho disse-lhe que já sabia da Cinderela e que estava espantado com a mudança de vida que queriam iniciar.E fez saber que também ela era empresária.Desde o susto que apanhara com aquela estúpida história da falsa avó que deixara de ser parva.Tinha interessantes negócios mas só contaria no chá pois receava que o seu telemóvel estivesse sob escuta e segredos devem manter-se como tais.A Alice,a Bela Adormecida e a Branca de Neve estavam estarecidas.Como puderam andar tanto tempo distraidas e adormecidas?
Chegou finalmente o grande dia e lá aconteceu chá na “Casa da Hora”,ovbiamente propriedade da Cinderela e de …mais alguém.Não adiantou mais pormenores,mas consta que anda tio por perto.Foi neste célebre encontro que se combinou a OPA.A Cinderela queria entrar nas telecomunicações e já tinha estabelecido contactos com uns tios banqueiros que estavam na disposição de fazer o suporte financeiro da operação.E foi mais longe.Tinha tudo tratado com o filho dum importante tio para conduzir as negociações.A pessoa em questão,sublinhou a Cinderela,era o máximo e se tudo corresse como ela esperava,e era timbre deste famoso tio,haveria trabalho para todos.Naturalmente que tudo seria estratégicamente analisado e entraria no futuro portfolio de negócios do grupo.Ficou ainda decidido que o Capuchinho Vermelho,afinal empresária de comuincação e lóbi,ficaria encarregada da promoção e dos contactos com a comunicação social.Questionada sobre a relutância em falar pelo telefone o Capuchinho lá foi contando da chatice que teve com o pessoal do futebol com aqueles presentes que afinal eram ouro falso.Também ela tinha sido enganada e acabou por descobrir que numa das suas empresas havia gente corrupta.Os cuidados tinham naturalmente a ver com a conjuntura reinante e se já havia um envelope 9,ela não queria ver-se envolvida num qualquer envelope 10.O chá foi o máximo.Para além da revisão dos tempos idos ficou em aberto um mundo de oportunidades.Combinaram um novo encontro para daí a uns meses,naquele mar de oportunidades que parecem ser os negócios da…China.E a Cinderela deixou ainda no ar um futuro encontro na India para estudarem o mercado dos “call center” e do “outsourcing”.Afinal não há nada melhor que uns bons sustos e umas boas oportunidades para mudar de vida.Como referiu a Cinderala para a Bela Adormecida…mais vale tarde que nunca!
José Vicente Ferreira
Gestor e Docente Universitário ISCSP-UT
Combinaram um encontro para reunirem ideias e esforços e decidiram que a Alice contactaria o Capuchinho Vermelho e a Branca de Neve telefonaria à Cinderela e à Bela Adormecida.
A Branca de Neve decidiu enviar um “mail” à Bela Adormecida e foi com espanto que,de imediato,obteve resposta.Afinal a Bela tinha acordado com o imenso susto que o fiscal da Segurança Social lhe pregou ao acabar-lhe com aquela baixa sonolenta e fraudulenta que durava há anos.Desabituada de trabalhar estava à beira de um ataque de nervos sem saber o que fazer.O fiscal tinha sido o factor estratégico que a acordou da rotina e a obrigou a mudar de vida.Claro que aceitou o encontro,pois não tinha nada a perder e o reencontro de velhas amigas é sempre um bom motivo para um chá.
Mas dificil foi apanhar a Cinderela.A Cinderela há muito tempo que percebera que tinha que mudar de vida.A madrinha pertencia ao Clube das Tióchas.A mansão da madrinha dava-lhe um trabalhão pois a casa estava sempre num imenso alvoroço que sobrava sempre para ela,quer no serviço de “caterings” que era obrigada a preparar dia sim dia sim,quer nas arrumações finais.A madrinha andava preocupada a tentar casar duas filhas e não olhava meios para o conseguir.A Cinderela empreendedora e gira fazia-se notar e deixava perceber os seus dotes culinários.Foi estabelecendo contactos com os convivas e percebeu o óptimo mercado que eram as Tióchas e companhia.Não está ainda bem esclarecido quem foi o tio príncipe que lhe deu o empurrão para o negócio das limpezas e do catering.De facto a Branca de Neve ficou espantada quando lhe contou que era empresária dona da “Limp..Hora-Higiene e Limpeza na Hora” e da “Fest..Hora-Festas na Hora” e mais espantada ficou quando lhe comunicou que tinha vendido a “Marca na Hora” a a um conhecido governante.Estava também em negociações com outros empresários pois queria lançar um franchising no Mercado ibérico no ambito das novas tecnologias.Tinha até conseguido que um influente politico oferecesse ao monarca espanhol um telemóvel muito especial com um software de “e-bairro”.Estava cheia de projectos e procurava gente com vontade de trabalhar e inovar.A Branca de Neve estava maravilhada.Contou os seus problemas e das amigas e ficou marcado o encontro para breve.A Cinderela soube ler o meio envolvente e as oportunidades que lhe passavam pela frente e estratégicamente percebeu onde estava e para onde queria ir.
A Alice depois de várias tentativas via “mail” e telemóvel lá conseguiu apanhar o Capuchinho.Contou-lhe o que se passava com as amigas,falou do sucesso da Cinderela e do chá agendado.O Capuchinho disse-lhe que já sabia da Cinderela e que estava espantado com a mudança de vida que queriam iniciar.E fez saber que também ela era empresária.Desde o susto que apanhara com aquela estúpida história da falsa avó que deixara de ser parva.Tinha interessantes negócios mas só contaria no chá pois receava que o seu telemóvel estivesse sob escuta e segredos devem manter-se como tais.A Alice,a Bela Adormecida e a Branca de Neve estavam estarecidas.Como puderam andar tanto tempo distraidas e adormecidas?
Chegou finalmente o grande dia e lá aconteceu chá na “Casa da Hora”,ovbiamente propriedade da Cinderela e de …mais alguém.Não adiantou mais pormenores,mas consta que anda tio por perto.Foi neste célebre encontro que se combinou a OPA.A Cinderela queria entrar nas telecomunicações e já tinha estabelecido contactos com uns tios banqueiros que estavam na disposição de fazer o suporte financeiro da operação.E foi mais longe.Tinha tudo tratado com o filho dum importante tio para conduzir as negociações.A pessoa em questão,sublinhou a Cinderela,era o máximo e se tudo corresse como ela esperava,e era timbre deste famoso tio,haveria trabalho para todos.Naturalmente que tudo seria estratégicamente analisado e entraria no futuro portfolio de negócios do grupo.Ficou ainda decidido que o Capuchinho Vermelho,afinal empresária de comuincação e lóbi,ficaria encarregada da promoção e dos contactos com a comunicação social.Questionada sobre a relutância em falar pelo telefone o Capuchinho lá foi contando da chatice que teve com o pessoal do futebol com aqueles presentes que afinal eram ouro falso.Também ela tinha sido enganada e acabou por descobrir que numa das suas empresas havia gente corrupta.Os cuidados tinham naturalmente a ver com a conjuntura reinante e se já havia um envelope 9,ela não queria ver-se envolvida num qualquer envelope 10.O chá foi o máximo.Para além da revisão dos tempos idos ficou em aberto um mundo de oportunidades.Combinaram um novo encontro para daí a uns meses,naquele mar de oportunidades que parecem ser os negócios da…China.E a Cinderela deixou ainda no ar um futuro encontro na India para estudarem o mercado dos “call center” e do “outsourcing”.Afinal não há nada melhor que uns bons sustos e umas boas oportunidades para mudar de vida.Como referiu a Cinderala para a Bela Adormecida…mais vale tarde que nunca!
José Vicente Ferreira
Gestor e Docente Universitário ISCSP-UT
terça-feira, 6 de março de 2007
TUDO ISTO EXISTE,TUDO ISTO É TRISTE,TUDO ISTO É ESTADO
TUDO ISTO EXISTE,TUDO ISTO É TRISTE,TUDO ISTO É ESTADO
A vida está complicada e o patrão Estado está cada vez mais guloso.Nada o satisfaz e com um apetite insaciável vai de morder em tudo o que pode.Tudo o que é essencial para viver subiu de preço.Os impostos,a começar pelo IVA,mordem diariamente. O IRS morde,cada vez mais,na classe média,pois para além de ter aumentado em numerário,tem de forma incrível, reduzido ou acabado com despesas dedutiveis.Em materia de impostos o Estado deitou as mãozinhas a tudo o que lhe foi passando pela frente.Nem os reformados escaparam e lá se foram os “benefícios finais”.O subsídeo de desemprego,a propósito da necessária moralização,apanha por tabela pela simples razão de ter que repartir menos verba por mais gente.Também vamos descobrindo,a pouco e pouco, que a um conjunto de medicamentos foi retirada ou diminuida a respectiva comparticipação.A fome insaciável continuou a morder e até as taxas moderadoras passaram a doer mais um bocadinho.Com cerca de1.300 milhões de euros de receitas cobrados a mais,em 2005,as melhorias do lado de cá de quem paga,não estão visíveis.Quanto mais arrecadam,mais gastam.Enfim,tudo isto existe e tudo isto é triste,tudo isto é Estado.Mas,este “Estado Maior” virou tecnocrático e arrogante. Voltámos à tradição de quem governa tem poder e nunca se engana.De novo,tudo passou a ser uma questão de rácios… que partem a paciência. E por causa destas ideias fecham maternidades, hospitais, esquadras, escolas.De facto,no fechar é que está o ganho.A ditadura da falta de dinheiro assim o impõe e os esclarecimentos que são dados não convencem as populações que continuam a pagar mais impostos para terem menos cobertura de serviços públicos.As consciências politicas hipnótizaram-se.Tudo isto é triste,tudo isto é Estado.Em paralelo com estes sinais do nosso descontentamento o Estado mantém um pequeno grupo de previligiados que se entretém no jogo das “vagas loucas”. Aqui a conversa muda de estilo e é ver o pessoal,a geito na fila de espera, a saltar “prá vaguinha”,substituindo os antigos donos dos sítios.É este Estado Maior que fomenta esta confusão. Quando o Estado é “maior” tem os pesos e as medidas que lhe convêm..A realidade é que há governantes a mais.Somos juntamente com a Grécia o país com mais ministros.A Suécia e o Reino Unido tem menos de metade dos nossos governantes.Os nossos 17 governos constitucionais tiveram entre 14 ministros no VI governo constitucional e os 21 ministros no XIV governo constitucional.Se juntarmos as secretarias de estado,o “quadro de pessoal governativo” tem andado sempre,entre as 54 e as 60 pessoas.Gente a mais gera burocracia,desconfiança e demasiada confusão de interesses. Os nossos Governos estão demasiado gordos e alimentam,a nível dos respectivos gabinetes,uma máquina paralela que prejudica o funcionamento da própria administração pública.Ainda está por descobrir a “poção mágica” que dê a volta a isto.Entretanto resta-nos cantar o fado…”Tudo isto existe ,tudo isto é triste,tudo isto é Estado” .
José Vicente Ferreira
Gestor e Docente Universitário
A vida está complicada e o patrão Estado está cada vez mais guloso.Nada o satisfaz e com um apetite insaciável vai de morder em tudo o que pode.Tudo o que é essencial para viver subiu de preço.Os impostos,a começar pelo IVA,mordem diariamente. O IRS morde,cada vez mais,na classe média,pois para além de ter aumentado em numerário,tem de forma incrível, reduzido ou acabado com despesas dedutiveis.Em materia de impostos o Estado deitou as mãozinhas a tudo o que lhe foi passando pela frente.Nem os reformados escaparam e lá se foram os “benefícios finais”.O subsídeo de desemprego,a propósito da necessária moralização,apanha por tabela pela simples razão de ter que repartir menos verba por mais gente.Também vamos descobrindo,a pouco e pouco, que a um conjunto de medicamentos foi retirada ou diminuida a respectiva comparticipação.A fome insaciável continuou a morder e até as taxas moderadoras passaram a doer mais um bocadinho.Com cerca de1.300 milhões de euros de receitas cobrados a mais,em 2005,as melhorias do lado de cá de quem paga,não estão visíveis.Quanto mais arrecadam,mais gastam.Enfim,tudo isto existe e tudo isto é triste,tudo isto é Estado.Mas,este “Estado Maior” virou tecnocrático e arrogante. Voltámos à tradição de quem governa tem poder e nunca se engana.De novo,tudo passou a ser uma questão de rácios… que partem a paciência. E por causa destas ideias fecham maternidades, hospitais, esquadras, escolas.De facto,no fechar é que está o ganho.A ditadura da falta de dinheiro assim o impõe e os esclarecimentos que são dados não convencem as populações que continuam a pagar mais impostos para terem menos cobertura de serviços públicos.As consciências politicas hipnótizaram-se.Tudo isto é triste,tudo isto é Estado.Em paralelo com estes sinais do nosso descontentamento o Estado mantém um pequeno grupo de previligiados que se entretém no jogo das “vagas loucas”. Aqui a conversa muda de estilo e é ver o pessoal,a geito na fila de espera, a saltar “prá vaguinha”,substituindo os antigos donos dos sítios.É este Estado Maior que fomenta esta confusão. Quando o Estado é “maior” tem os pesos e as medidas que lhe convêm..A realidade é que há governantes a mais.Somos juntamente com a Grécia o país com mais ministros.A Suécia e o Reino Unido tem menos de metade dos nossos governantes.Os nossos 17 governos constitucionais tiveram entre 14 ministros no VI governo constitucional e os 21 ministros no XIV governo constitucional.Se juntarmos as secretarias de estado,o “quadro de pessoal governativo” tem andado sempre,entre as 54 e as 60 pessoas.Gente a mais gera burocracia,desconfiança e demasiada confusão de interesses. Os nossos Governos estão demasiado gordos e alimentam,a nível dos respectivos gabinetes,uma máquina paralela que prejudica o funcionamento da própria administração pública.Ainda está por descobrir a “poção mágica” que dê a volta a isto.Entretanto resta-nos cantar o fado…”Tudo isto existe ,tudo isto é triste,tudo isto é Estado” .
José Vicente Ferreira
Gestor e Docente Universitário
SIMPLEX:O ESTADO DA ARTE
SIMPLEX:O ESTADO DA ARTE
Falar do Simplex implica entrar em cenas eventualmente chocantes.As musas inspiradoras foram algumas “notas soltas”,muitas “escolhas”,umas quantas “quadraturas de círculo” e algumas conversas de bastidores anónimos.Com semelhante enquadramento de muita parra e pouca uva,esta escrita só pode ser mais parra.No princípio foi a multiplicação dos galhos.O espaço era imenso,existiam vagas e mais vagas para todos os interessados e amigos.Tudo uma questão de quota.E quem mais galhos produzia mais interessados arregimentava.Tudo corria bem naquele país.A democracia tinha descoberto os seus novos príncipes.Ministros e intermináveis equipas colocavam a geito e nos galhos públicos,gestores,assessores,directores e directores adjuntos e adjuntos de directores sempre acompanhados de intermináveis fiéis que,em galhos sombra,se alimentavam uns aos outros na troca de papéis,opiniões,reuniões,seminários,encontros,plataformas,
congressos e inumeras iniciativas que mantinham o pessoal bem pago, entretido e ocupadoA fila “pró galho” era imensa,mas os galhos lá iam chegando para todos.Naturalmente onde havia galhos havia caras e coroas e toda aquela máquina devoradora traduzida em viagens,cartões, restaurantes, automóveis e os apatecidos convites “vipes” para tudo o que era festa,recepção ou dia de qualquer coisa.Tempos sensacionais.No gastar é que estava o ganho,o poder,o prestigio.Tudo era permitido desde que a fidelidade ideolgica fosse respeitada.E foi assim que apareceu o “dna” do “Simplex”, o mui conhecido,falado e discursado “Deficex”.A verdade é que sem o “Déficex” não haveria “Simplex”.E se bem me recordo este défice teve vários artistas e várias interpretações.Começou por ser virtuoso,depois passou a duvidoso e mais recentemente um alto príncipe apelidou-o de monstruoso.Por mim acho que o ´défice é apenas guloso pois continua a pagar os “ascones”(assessores para coisa nenhuma),os “gescones”(gestores para coisa nenhuma) e mais umas quantas “coisas nenhumas”.E foi neste contexto de endividamento que o Príncipe entendeu criar a PRAGA(Programa de Reforma Administrativa dos Galhos) para proceder,de mansinho,ao levantamento dos “Organigalhos” do sistema,pois a falta de verba já não dá para os fiéis quanto mais para os amigos.
De igual forma,foi criada a “Umigalhos”(Unidade de Missão para os galhos).Uns meses de trabalho e eis que os frutos da Praga e da Umigalhos se tornaram visíveis.A Praga continua a fazer o seu trabalho e está na base daquele quadro “pró-galheiro”,terrível realidade da tecnocracia pura e dura que vai certamente atingir os mais desprotegidos,isto é,os menos fiéis. A “Umigalhos” trabalha que se farta na hora,no minuto,no segundo.Não pára ao serviço do Príncipe.O Príncipe também não pára.O seu lema só pode ser “Quem sabe faz na hora,não espera acontecer”.Qual “telstar” cobre todas as bandas e é tal a dimensão tecnológica de serviço que as 333 medidas estão em fase de grande realização.Apenas falta saber se o combate é eficáz e tem repercussões no défice.O problema é o mesmo de sempre.Há um ritmo tecnocrático de banda larga imposto por quem está no poder e há a realidade cultural da banda estreita passiva e corporativa para quem a mudança é sempre um perigo.E é esta realidade que traduz o estado da Nação ou se preferir a danação do Estado.Não haverá por aí perdido,num dos muitos galhos do sistema ,alguém capaz de inventar uma “poção mágica”?Vale a pena tentar e apostar na inovação pois é uma forma inteligente de não ir “pró galheiro”…
José Vicente Ferreira
Gestor e Docente Universitário ISCSP-UT
Falar do Simplex implica entrar em cenas eventualmente chocantes.As musas inspiradoras foram algumas “notas soltas”,muitas “escolhas”,umas quantas “quadraturas de círculo” e algumas conversas de bastidores anónimos.Com semelhante enquadramento de muita parra e pouca uva,esta escrita só pode ser mais parra.No princípio foi a multiplicação dos galhos.O espaço era imenso,existiam vagas e mais vagas para todos os interessados e amigos.Tudo uma questão de quota.E quem mais galhos produzia mais interessados arregimentava.Tudo corria bem naquele país.A democracia tinha descoberto os seus novos príncipes.Ministros e intermináveis equipas colocavam a geito e nos galhos públicos,gestores,assessores,directores e directores adjuntos e adjuntos de directores sempre acompanhados de intermináveis fiéis que,em galhos sombra,se alimentavam uns aos outros na troca de papéis,opiniões,reuniões,seminários,encontros,plataformas,
congressos e inumeras iniciativas que mantinham o pessoal bem pago, entretido e ocupadoA fila “pró galho” era imensa,mas os galhos lá iam chegando para todos.Naturalmente onde havia galhos havia caras e coroas e toda aquela máquina devoradora traduzida em viagens,cartões, restaurantes, automóveis e os apatecidos convites “vipes” para tudo o que era festa,recepção ou dia de qualquer coisa.Tempos sensacionais.No gastar é que estava o ganho,o poder,o prestigio.Tudo era permitido desde que a fidelidade ideolgica fosse respeitada.E foi assim que apareceu o “dna” do “Simplex”, o mui conhecido,falado e discursado “Deficex”.A verdade é que sem o “Déficex” não haveria “Simplex”.E se bem me recordo este défice teve vários artistas e várias interpretações.Começou por ser virtuoso,depois passou a duvidoso e mais recentemente um alto príncipe apelidou-o de monstruoso.Por mim acho que o ´défice é apenas guloso pois continua a pagar os “ascones”(assessores para coisa nenhuma),os “gescones”(gestores para coisa nenhuma) e mais umas quantas “coisas nenhumas”.E foi neste contexto de endividamento que o Príncipe entendeu criar a PRAGA(Programa de Reforma Administrativa dos Galhos) para proceder,de mansinho,ao levantamento dos “Organigalhos” do sistema,pois a falta de verba já não dá para os fiéis quanto mais para os amigos.
De igual forma,foi criada a “Umigalhos”(Unidade de Missão para os galhos).Uns meses de trabalho e eis que os frutos da Praga e da Umigalhos se tornaram visíveis.A Praga continua a fazer o seu trabalho e está na base daquele quadro “pró-galheiro”,terrível realidade da tecnocracia pura e dura que vai certamente atingir os mais desprotegidos,isto é,os menos fiéis. A “Umigalhos” trabalha que se farta na hora,no minuto,no segundo.Não pára ao serviço do Príncipe.O Príncipe também não pára.O seu lema só pode ser “Quem sabe faz na hora,não espera acontecer”.Qual “telstar” cobre todas as bandas e é tal a dimensão tecnológica de serviço que as 333 medidas estão em fase de grande realização.Apenas falta saber se o combate é eficáz e tem repercussões no défice.O problema é o mesmo de sempre.Há um ritmo tecnocrático de banda larga imposto por quem está no poder e há a realidade cultural da banda estreita passiva e corporativa para quem a mudança é sempre um perigo.E é esta realidade que traduz o estado da Nação ou se preferir a danação do Estado.Não haverá por aí perdido,num dos muitos galhos do sistema ,alguém capaz de inventar uma “poção mágica”?Vale a pena tentar e apostar na inovação pois é uma forma inteligente de não ir “pró galheiro”…
José Vicente Ferreira
Gestor e Docente Universitário ISCSP-UT
O IMPÉRIO DOS SENTADOS
O IMPÉRIO DOS SENTADOS
Aí está em pleno funcionamento a novíssima burocracia.Mais sofisticada pois foi minuciosamente enfiada nas novas tecnologias.Computadores e impressoras estão por tudo o que é sítio público e despejam papel a granel.Menores custos e melhoria de processos é que parece continuarem ausentes de muitas cabeçinhas mandantes.
Vamos a factos para explicar que não basta vender… Simplex.Se não se pensar nos clientes finais e na melhoria dos serviços prestados,simplificando e anulando processos desnecessários,as cosméticas introduzidas continuarão a produzir mais do mesmo.Para obter uma licença de caça continua a exigir-se no “guichet-mãe” que se vá a outro “guichet-filho da mãe” buscar o registo criminal para entregar no primeiro “guichet”.Isto é a administração do Estado obriga-nos a andar aos papéis.Que tal se em vez da “Guichenet” aderissem à “Internet”?Poupa-se em deslocações e em tempo e desta forma aplaudimos as novas tecnologias.
Nos Centros de Saúde atinge-se o inimaginável a nível tecnológico.Para marcar uma consulta temos que nos deslocar ao local,porque pelo telefone ninguém atende.Após apresentação do cartão de saúde e a correspondente fila de espera,o inevitável computador marca o dia e a hora.Tudo normal se a paciência não faltar.O irrisório acontece quando a inevitável impressora deita para fora uma folha A4,apenas preenchida no ultimo quarto de página com os dados referentes à marcação da consulta.A funcionária de serviço dobra a dita folha,rasga o quarto preenchido e deita para o lixo os outros três quartos da folha.Mas há mais.Quando chega ao dia da consulta repete-se a mesma cena até chegarmos ao computador.Aí sai da dita máquina mais uma folhinha A4,toda preenchida.De novo a funcionária dobra a folhinha,rasga-a à mão,dá-nos mais um quarto da dita folhinha que serve de recibo de taxa moderadora.A restante folhinha cheia de dados vai …para o lixo.Tanto computador,tanta impressora ,tantos cartuchos de tinta,tanto papel,tanto trabalho,tanta burucracia desnecessária traduzida apenas em processos obsoletos e desnecessários que apenas representam custos.Que tal uma terapia de Simplex,simplificando processos reduzindo custos e melhorando,de facto,os serviços aos cidadãos?
Vem a propósito recontar uma conhecida história que ilustra este e outros exageros tecnológicos que se estão a transformar numa incomodativa ditadura tecnológica.
Um desempregado da nossa praça concorreu a um concurso para um lugar de segurança para a Microtec.Após entrevista feita pelo director de recursos humanos o lugar foi-lhe atribuido.Pediram-lhe o “e-mail” para lhe enviarem a ficha para preencher e posteriormente comunicarem a data de início de funções.O nosso homem respondeu que não tinha computador e muito menos “e-mail”.Foi-lhe dito que sem “e-mail” é como se não existisse e quem não existe não pode trabalhar.Irritado e apenas com 5 euros no bolso resolve ir ao mercado comprar uma caixa de 15 quilos fruta.Monta uma pequena banca em local de bom movimento e passadas algumas horas tinha vendido toda a mercadoria e quadruplicado o capital inicial.Durante o dia e de acordo com o movimento da zona repetiu o processo mais algumas vezes.Verificou no fim do dia que tinha no bolso 100 euros.Nos dias seguintes foi repetindo o processo de trabalho adaptando-se às necessidades dos clientes e consequentemente diversificando as vendas.O negócio prosperava e a sua iniciativa também. Rapidamente conseguiu comprar uma pequena carrinha e melhorar os serviços,adequando os produtos à sua clientela.Os negócios continuavam a bom ritmo e o passo seguinte foi comprar um camião pois clientes não faltavam.Conhecedor do mercado rapidamente evoluiu para o negócio da distribuição e comprou uma pequena frota de veículos.Alguns anos mais tarde o então desempregado tornara-se grande empresário do negócio da distribuição e logistica.
Rico e bem instalado na vida chama um corretor de seguros pois quer fazer um seguro de poupança para acautelar o futuro da sua família.O corretor depois de fechado o negócio pede-lhe o “e-mail” para enviar o contrato.Perante o espanto do corretor,o empresário diz-lhe que não tem tal coisa.O corretor não quer acreditar e pergunta-lhe como é que um homem de negócios conseguiu construir tão grande empresa sem ter “e-mail” nem computador.Imagine onde o senhor teria chegado com estas tecnologias.O empresário olhou para o corretor e respondeu-lhe sem hesitações:”-seria segurança da Microtec”.Concluindo,a internet não soluciona os problemas da vida.O trabalho é que cria riqueza e sentados pouco se faz.Se por acaso alguém lhe mandar este artigo por “e-mail”,cuidado pois pode estar mais perto de ser segurança do que empresário.
José Vicente Ferreira
Gestor e Docente Universitário
Aí está em pleno funcionamento a novíssima burocracia.Mais sofisticada pois foi minuciosamente enfiada nas novas tecnologias.Computadores e impressoras estão por tudo o que é sítio público e despejam papel a granel.Menores custos e melhoria de processos é que parece continuarem ausentes de muitas cabeçinhas mandantes.
Vamos a factos para explicar que não basta vender… Simplex.Se não se pensar nos clientes finais e na melhoria dos serviços prestados,simplificando e anulando processos desnecessários,as cosméticas introduzidas continuarão a produzir mais do mesmo.Para obter uma licença de caça continua a exigir-se no “guichet-mãe” que se vá a outro “guichet-filho da mãe” buscar o registo criminal para entregar no primeiro “guichet”.Isto é a administração do Estado obriga-nos a andar aos papéis.Que tal se em vez da “Guichenet” aderissem à “Internet”?Poupa-se em deslocações e em tempo e desta forma aplaudimos as novas tecnologias.
Nos Centros de Saúde atinge-se o inimaginável a nível tecnológico.Para marcar uma consulta temos que nos deslocar ao local,porque pelo telefone ninguém atende.Após apresentação do cartão de saúde e a correspondente fila de espera,o inevitável computador marca o dia e a hora.Tudo normal se a paciência não faltar.O irrisório acontece quando a inevitável impressora deita para fora uma folha A4,apenas preenchida no ultimo quarto de página com os dados referentes à marcação da consulta.A funcionária de serviço dobra a dita folha,rasga o quarto preenchido e deita para o lixo os outros três quartos da folha.Mas há mais.Quando chega ao dia da consulta repete-se a mesma cena até chegarmos ao computador.Aí sai da dita máquina mais uma folhinha A4,toda preenchida.De novo a funcionária dobra a folhinha,rasga-a à mão,dá-nos mais um quarto da dita folhinha que serve de recibo de taxa moderadora.A restante folhinha cheia de dados vai …para o lixo.Tanto computador,tanta impressora ,tantos cartuchos de tinta,tanto papel,tanto trabalho,tanta burucracia desnecessária traduzida apenas em processos obsoletos e desnecessários que apenas representam custos.Que tal uma terapia de Simplex,simplificando processos reduzindo custos e melhorando,de facto,os serviços aos cidadãos?
Vem a propósito recontar uma conhecida história que ilustra este e outros exageros tecnológicos que se estão a transformar numa incomodativa ditadura tecnológica.
Um desempregado da nossa praça concorreu a um concurso para um lugar de segurança para a Microtec.Após entrevista feita pelo director de recursos humanos o lugar foi-lhe atribuido.Pediram-lhe o “e-mail” para lhe enviarem a ficha para preencher e posteriormente comunicarem a data de início de funções.O nosso homem respondeu que não tinha computador e muito menos “e-mail”.Foi-lhe dito que sem “e-mail” é como se não existisse e quem não existe não pode trabalhar.Irritado e apenas com 5 euros no bolso resolve ir ao mercado comprar uma caixa de 15 quilos fruta.Monta uma pequena banca em local de bom movimento e passadas algumas horas tinha vendido toda a mercadoria e quadruplicado o capital inicial.Durante o dia e de acordo com o movimento da zona repetiu o processo mais algumas vezes.Verificou no fim do dia que tinha no bolso 100 euros.Nos dias seguintes foi repetindo o processo de trabalho adaptando-se às necessidades dos clientes e consequentemente diversificando as vendas.O negócio prosperava e a sua iniciativa também. Rapidamente conseguiu comprar uma pequena carrinha e melhorar os serviços,adequando os produtos à sua clientela.Os negócios continuavam a bom ritmo e o passo seguinte foi comprar um camião pois clientes não faltavam.Conhecedor do mercado rapidamente evoluiu para o negócio da distribuição e comprou uma pequena frota de veículos.Alguns anos mais tarde o então desempregado tornara-se grande empresário do negócio da distribuição e logistica.
Rico e bem instalado na vida chama um corretor de seguros pois quer fazer um seguro de poupança para acautelar o futuro da sua família.O corretor depois de fechado o negócio pede-lhe o “e-mail” para enviar o contrato.Perante o espanto do corretor,o empresário diz-lhe que não tem tal coisa.O corretor não quer acreditar e pergunta-lhe como é que um homem de negócios conseguiu construir tão grande empresa sem ter “e-mail” nem computador.Imagine onde o senhor teria chegado com estas tecnologias.O empresário olhou para o corretor e respondeu-lhe sem hesitações:”-seria segurança da Microtec”.Concluindo,a internet não soluciona os problemas da vida.O trabalho é que cria riqueza e sentados pouco se faz.Se por acaso alguém lhe mandar este artigo por “e-mail”,cuidado pois pode estar mais perto de ser segurança do que empresário.
José Vicente Ferreira
Gestor e Docente Universitário
A SÍNDROME DE COLOMBO
Como é do conhecimento geral ,em tempos muito romanos,um certo general olhou cá para o sítio geográfico e fez saber às suas legiões que “Lá para o ocidente,junto ao mar,existe um povo muito complicado que não se governa nem se deixa governar”.Não sei se foi fado ou mau agoiro,mas o comentário do general tem continuado a estar bastante actualizado.Mais tarde,outra personagem bem conhecida,Cristóvão Colombo,iniciou um projecto grandioso.Deixou-nos como marca de referência a “sindrome de Colombo”,que tem sido,ao longo da história,bem copiada pelos nossos dirigentes.Diz-nos esta síndrome que: “-Quando Colombo saíu,não sabia para onde ía,quando chegou não sabia onde estava e tudo à conta do Estado”.A situação actual dos défices do país das famílias está mais de que justificado .Não há nada como aprender com a história.O sistema que nos tem dirigido mantém a tradição e tem continuado a viver em regime de novo-riquismo à custa do Estado.Só que agora chegou o momento da verdade e todos os dias lá aparece alguém da Europa a lembrar-nos que estamos a viver acima das nossas posses.Parece que temos vivido a “síndrome da sesta”. Dormitamos sobre os acontecimentos como se eles não nos dissessem respeito e neste deixa andar lá vamos cantando e rindo dos ditos défices, esperando que alguém resolva os problemas,obviamente …sem custos e sem sustos!
É neste cenário complicado que a OPV,leia-se Oferta Pública de Votos, ganha pelo actual Primeiro-Ministro,encontra campo de actuação ávido de melhorias.E tem sido um show atrás de show só comparável ao chamado “circo da fórmula1”.Monta-se o show,faz-se a corridinha e lá sai o pessoal de serviço para …a próxima corridinha.Foi assim com o “show OTA”,o “show TGV”,o “show Plano Tecnológico”,o “show Gates”,o “show Grandes Investimentos”,o “show Equipamentos Sociais”,o “show Reforma da Afministração Pública”…e aqui atingirmos o novo recode mundial de medidas…o Pacotão 333. Este Guiness já é nosso! E porque “show,logo existo”, muito espectáculo há ainda para ver.Nos intervalos temos sido contemplados os “shows na hora”,mais recatados e com menos pessoal mas,reconheça-se,com com grande impacto.Estou a referir-me a “empresas na hora”,”marca na hora”,”cartão do cidadão”na hora seguinte…E se o senhor Primeiro-Ministro conseguir as “nossas reformas na hora”,consultas com especialidades incluidas,na hora” ,”cirurgias na hora” e “subsídeo de desemprego na hora”,tudo naturalmente sem abusar muito do bolso do cidadão,o pódio é todo seu. O passado recente mostra como temos sido um país de artistas e por isso demasiado espectacular.Espero bem que os resultados de todos estes “shows” provem que estamos na fase séria de mudar Portugal.
José Vicente Ferreira
Gestor e Docente Universitário ISCSP-UT
É neste cenário complicado que a OPV,leia-se Oferta Pública de Votos, ganha pelo actual Primeiro-Ministro,encontra campo de actuação ávido de melhorias.E tem sido um show atrás de show só comparável ao chamado “circo da fórmula1”.Monta-se o show,faz-se a corridinha e lá sai o pessoal de serviço para …a próxima corridinha.Foi assim com o “show OTA”,o “show TGV”,o “show Plano Tecnológico”,o “show Gates”,o “show Grandes Investimentos”,o “show Equipamentos Sociais”,o “show Reforma da Afministração Pública”…e aqui atingirmos o novo recode mundial de medidas…o Pacotão 333. Este Guiness já é nosso! E porque “show,logo existo”, muito espectáculo há ainda para ver.Nos intervalos temos sido contemplados os “shows na hora”,mais recatados e com menos pessoal mas,reconheça-se,com com grande impacto.Estou a referir-me a “empresas na hora”,”marca na hora”,”cartão do cidadão”na hora seguinte…E se o senhor Primeiro-Ministro conseguir as “nossas reformas na hora”,consultas com especialidades incluidas,na hora” ,”cirurgias na hora” e “subsídeo de desemprego na hora”,tudo naturalmente sem abusar muito do bolso do cidadão,o pódio é todo seu. O passado recente mostra como temos sido um país de artistas e por isso demasiado espectacular.Espero bem que os resultados de todos estes “shows” provem que estamos na fase séria de mudar Portugal.
José Vicente Ferreira
Gestor e Docente Universitário ISCSP-UT
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